quarta-feira, 2 de março de 2005

VIXE MARIA! DEUS E O DIABO NA BAHIA

Claudio Simões, Gil Vicente, Cacilda Povoas, apresentam para o público baiano a comedia musical ‘Vixe Maria, Deus e o Diabo na Bahia’. Texto elaborado com adaptação livre do conto ‘A Igreja do Diabo’ de Machado de Assis, sob a direção de Fernando guerreiro. Os autores: Jackyson Costa, Frank Menezes e Diogo Lopes Filho e Cristiane Mendonça dentre outros compunham o elenco.

A comédia é mesclada de dança, teatro e música para narrar o esforço interminável do diabo ao fundar sua igreja na Bahia. A priori, o diabo, depois de se sentir só e isolado e, sem nenhuma igreja ao seu favor, enfrenta a face de Deus com objetivo de alcançar permissão para dá início a sua construção. De tanto persuadi, consegue aprovação do altíssimo. Logo, caindo em terras baianas, depara-se com o cotidiano daquele povo: a cultura de modo geral. Participa das festas populares infiltrando-se entre os baianos.

Entre um vai e vem de festas encontra a sua amada esposa, Naja, na qual fora uma das responsáveis pela a idéia. Juntos buscam encontrar solução no terreiro de candomblé em que é obrigado a fazer um despacho para o orixá exu, porém, o trabalho fica incompleto por falta de outras informações.

Deus preocupado com as travessuras do diabo, vem à terra afim de proteger seus fies.
Participa das festas populares e orienta sua santa (Bárbara) e fies para ter cuidado. O anjo Gabriel acompanha o Altíssimo a todo instante. A priori, estranha o modo dos costumes dos baianos, logo depois desaparece da face de Deus se envolvendo com o profano, transformando-se em Gabriela. Incorpora o personagem de Jorge Amado com a canção “Gabriela” em que se apresenta com grupos musicais.

Cláudio Simões, baiano, conhecido no cenário baiano por seus textos recheado de cultura
local, em que se tornou conhecido com os programas: “Tonelada do Desejo” e “Danada de Sabida”, ambos dirigido por Reynaldo Boury - Rede Globo), e gravado em terras baianas, mais uma vez faz o público rir do início ao fim, retirando do baú conto de Machado de Assis e transformando literatura moderna num punhado de risos e gargalhadas.

Por fim, o público baiano pode saborear o tempero da cultura local com uma pintada de Assis, no espaço curto de apresentação na cidade, numa apresentação irônica que só os seus atores podem enfatizar.

(Hálice Freitas)

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