terça-feira, 13 de abril de 2010

Renato Rabelo conquista cadeira de Medicina na UFBA

Foto: Hálice Freitas


"Essa reparação tem valor simbólico e emocional"
O ato de reintegração de Renato Rabelo, Presidente Nacional do PcdoB ocorreu ontem (12), na reitoria da Universidade Federal da Bahia em Salvador. Rabelo recebeu das mãos do reitor Naomar Almeida documento que o admite em uma das cadeiras da Faculdade de medicina da UFBA.

Rabelo foi impedido de continuar o curso durante o regime militar e foi obrigado a viver no exílio , em Paris em 1976. Viveu e trabalhou durante três anos naquele país. Em 1979 retorna ao Brasil com abertura da Anistia aos perseguidos políticos. Mas o estado brasileiro lhe concedeu anistia política e o direito de regressar ao curso de Medicina em novembro do ano passado. O processo já durava mais de 15 anos.

Renato diz que houve outras reparacões, mas “essa reparação é o que tem maior valor simbólico, era o que estava faltando. Ficava uma lacuna em minha memória,”explica. “Minha tentativa era de ir até o fim. Era o que faltava. Para mim é muito importante pelo valor emocional e simbólico,” desabafa.

Nascido em 1942, em Ubaíra, interior da Bahia, iniciou-se sua militança no movimento estudantil quando frequentava a faculdade de Medicina. Participou da Juventude Universitária Católica – JUC e , depois da Ação Popular AP. Em 1965, eleito presidente da União dos Estudantes da Bahia – UEB, ano seguinte vice-presidente da União Nacional dos Estudantes – UNE. Hoje, no dia do ato de sua reintegração, também retorna a UEB a convite dos estudantes presentes.

Neste mesmo dia foi lançado o livro Idéias e Rumos escrito por Rabelo. O livro é dividido em três partes: O Rumo, O Caminho e O Instrumento. A obra reúne textos, intervenções politicas e discursos ao longo dos oito anos como Presidente do Partido Comunista do Brasil- (PcdoB). Também estiveram presente Haroldo Lima Diretor da Agência Nacional de Petróleo – ANP, e outros políticos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda que tardiamente, essa decisão veio corrigir mais um erro,de um triste passado do Brasil.