sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

COMUNIDADE QUILOMBOLA É PERSEGUIDA POR MILITARES NA BAHIA

POVOS PERSEGUIDOS PELA MARINHA SEM QUE A JUSTIÇA BRASILEIRA INTERFIRA

“A comunidade Rio do Macaco, composta por cerca de 50 famílias reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares como remanescente de quilombo, cuja ordem de despejo foi suspensa pela Justiça em novembro, volta a denunciar uma situação de pressão e medo na região. O acesso à localidade atualmente é controlada pelo portão de entrada da Vila Militar, um condomínio de residências de sub-oficiais da Marinha. No vídeo produzido pelo site Bahia na Rede, moradores contam passar a noite acordados com medo de morrer e ter medo de sair, pois, ao voltar, poderiam encontrar suas casas derrubadas. Alguns dos remanescentes reclamam também do constrangimento feito pelos militares, que chegam até a fazer sinais de perversidade quando passam, para provocar medo. Outro problema seria a dificuldade de plantar, já que ainda seriam impedidos de produzir. As reclamações das famílias de agricultores não são de hoje, há relatos de conflitos com militares da Marinha desde a década de 1960, quando foi criada a Base Naval de Aratu. Em novembro, a Justiça suspendeu a ordem de despejo que previa a remoção das famílias da região e previu que o Incra deveria concluir os estudos com o objetivo de demarcar a área quilombola até fevereiro de 2012”.
Reprodução do BN ( Bahia Noticia)

Esta perseguição pela marinha remete aos tempos da escravidão no Brasil. Ou pode se classificar como uma extençaõ da ditadura militar de 1964 em 2011. É inadimissivel que, em pleno século 21 povos que, por direito, são donos de terras, são perseguidos como escravos e desarmados. Este assunto deverá ser discutido ao pleito internacional. Faz-se necessário aproveitar a estadia da presidenta Dilma na Base Naval de Aratu para se pronunciar ou  Brasil deverá ser denunciados a Comissão de Diretos Humanos.

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