segunda-feira, 31 de março de 2014

ATLETAS AMADORES DE TRIATHLON IRÃO REPRESENTAR A BAHIA EM BRASÍLIA

Nem só de carnaval e futebol vive a Bahia
Foto divulgação


Estado mundialmente conhecido como terra da alegria, do carnaval e futebol, atletas amadores de triathlon comprovam que a energia que corre no sangue dos baianos tem outros motivos: nadar, pedalar e correr, nesta ordem, sem interrupção entre as modalidades. No próximo domingo (06), 13 atletas da equipe Pace Sport de Salvador vão participar de uma prova em que serão desafiados a percorrer 1.9 km de natação, 90.1 km de ciclismo e 21.1 km de corrida na maior cidade do mundo construída no século XX.

Para cruzar a linha de chegada, o atleta precisa de muito treino e dedicação. “Conciliar os treinos de Triathlon com a vida profissional, social e família é sem sombra de dúvidas, o maior desafio de um triatleta amador. Levando-se em consideração que o Triathlon é um esporte com três modalidades, ter tempo para treinar se torna um grande desafio, pois normalmente o atleta amador treina duas modalidades por dia e aproveita os finais de semana para realizar os treinos mais longos ou simular situações que irá encontrar em competições e para isso é necessário treinar as três modalidade juntas. Normalmente, a disciplina e determinação do esporte são transportadas para a vida pessoal. Todo esse desafio torna inexplicável a sensação de dever cumprido e de bem estar concluir uma prova.” Destaca o Professor Edy Freitas, treinador da equipe e triatleta amador.

Com uma geografia perfeita para pratica do esporte, mas condições estruturais urbanas que deixam muito a desejar, atletas e amantes do triathlon em Salvador se transformam em verdadeiros super-heróis para driblar as dificuldades e treinar regularmente. “A pesar de estarmos a pouco menos de dois anos para sediarmos as Olimpíadas, praticar esporte é algo muito difícil nos grandes centros urbanos de nosso país pela falta de estrutura e de consciência da própria população. No caso do triathlon, essa dificuldade é ainda maior, pois na capital baiana não há sequer uma piscina olímpica para os treinos de natação. Já para a prática do ciclismo, é preciso começar a pedalar ainda de madrugada para que o atleta não tenha que disputar com carros e ônibus um espaço nas ruas e avenidas. Na corrida, essa disputa se torna ainda maior, devido à falta de ciclovias e faixas exclusivas para corredores, Além de competir com os carros, ônibus e motos, os corredores também tem que disputar com os ciclistas que por sua vez transitam pelos poucos espaços que restam. É um verdadeiro salve-se quem puder e Infelizmente essa é a realidade dos nossos triatletas, sejam amadores ou profissionais”, desabafa o professor.

Apesar de todas essas dificuldades, o esporte agrega cada vez mais adeptos. Praticante de triathlon há sete anos, Jorge Foppel conta que o esporte o ajudou a superar uma depressão e ultrapassar muitos medos. “Passei um ano trancado em um quarto escuro e um dia, quando vi uma prova de Ironman eu pensei: se conseguir fazer isso serei capaz de me recuperar. Os treinos me ajudaram a esquecer as dores mentais e fizeram enxergar que eu era capaz de ir além dos limites que eu acreditava que eram meus. Hoje, tenho uma vida feliz e saudável. Recebi alta da terapeuta, não preciso mais de remédios para controlar minha ansiedade e emagreci 35 quilos. O triathlon é o estilo de vida que escolhi para mim. É o meu projeto de vida!”, declara Foppel que tem em seu “currículo” duas provas de Ironman e duas de meio Ironman concluídas.

No próximo domingo, Jorge, seu treinador Edy Freitas e cerca de mil outros atletas, amadores e elite, de nove países, vão disputar o Ironman 70.3 em Brasília, cada um com um com sua motivação, mas todos com o mesmo objetivo: tornar-se um “finisher” e levar para casa esse título que tem tantos significados.


A Bianca Pitanga Jornalista, triatleta amadora e uma das componentes da equipe que irá disputar o Ironman 70.3 em Brasília.



Mais informações: biancapitangac@gmail.com













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