terça-feira, 29 de janeiro de 2013

TODA A BÍBLIA ESTÁ CHEIA DOS FENÔMENOS MEDIÚNICOS





O Espiritismo é apresentado por Kardec, sob a orientação do Espírito da Verdade,
como uma seqüência natural do Cristianismo. É o cumprimento da promessa evangélica de
Jesus,  de enviar  à  Terra  o  Consolador,  que completaria  o  seu  ensino,  esclarecendo os
homens a respeito daquilo que ele só pudera ensinar através de alegorias, no seu tempo. Os
homens  de então  não  estavam  em  condições  de compreender  o  fenômeno  natural  da
comunicação  espírita,  que  misturavam  com  sistemas  de  magia e  interpretações
supersticiosas. Em A Gênese, Kardec esclarece, no primeiro capítulo, que era necessária a
evolução das ciências, o progresso dos conhecimentos, o desenvolvimento intelectual, para
que o Espiritismo fizesse seu aparecimento, como doutrina, em nosso mundo.
Assim sendo, o Espiritismo tem como base as Escrituras, tem seus fundamentos na
Bíblia. Mas é claro que o conceito espírita da Bíblia não pode ser igual ao das religiões que
ficaram  no  passado,  apegadas  às formas sacramentais  de magia,  aos ritos materiais  e aos
cultos exteriores do próprio paganismo. A Bíblia não pode ser, para o espírita esclarecido, a
"palavra de Deus", pois é um livro escrito pelos homens, como todos os outros livros, e é,
principalmente,  um  conjunto  de  livros  em  que encontramos  de  tudo,  desde as  regras
simplórias  de  higiene  dos  judeus  primitivos  até as  lendas  e  tradições  do  povo  hebreu,
misturadas  às  heranças  dos  egípcios  e  babilônios.  O Espiritismo  ensina a encarar  a Bíblia
como um marco da evolução religiosa na Terra, mas não faz dela um novo bezerro de ouro.
É  difícil falarmos  da Bíblia a  pessoas  apegadas  ao  processo  de fanatismo religioso
de algumas seitas  obscurantistas,  que chegam,  em  pleno  século  vinte,  ao  cúmulo  de
renegarem a cultura, para só aceitarem os escritos judeus da época das civilizações agrárias.
São  pessoas simples e crentes, que merecem o nosso respeito, mas inteiramente incapazes
de compreender  o  problema  bíblico.  Isso,  entretanto,  não  deve  impedir-nos  de esclarecer
esse  problema à luz  dos  princípios  espíritas.  A  Bíblia  não  condena  o  Espiritismo.  Pelo
contrário, a Bíblia confirma o Espiritismo, como demonstraremos. Basta lembrar o caso de
Samuel,  atormentado  pelo  espírito  mau,  aliviado  pela  mediunidade  de  Davi,  que  usava a
música  para afastá-lo. Caso típico  de mediunidade curadora, constante de Samuel 16: 14-
23. E  o  colégio  de médiuns  que acompanhava Moisés no deserto? E assim por diante, da
primeira à última página da Bíblia. Mas o pior cego é aquele que não quer enxergar.

Nenhum comentário: